The Man Knows...

To Whom It May Concern,

Confesso que nem me lembro onde fui encontrar esta frase que aqui coloco para inspirar o meu próximo post.

Talvez tenha sido numa das minhas inúmeras buscas no oráculo dos tempos modernos - Google - sobre os projectos em África, às voltas ao Mundo ou os currículos para Londres, mas a verdade é que tambem pode bem ter sido naqueles powerpoints foleiros que tantas vezes circulam a net e chegam aos nossos mails.

Mas como raramente o meio justifica o fim, creio que o mais importante é isto, o que eu vou fazer com ela, do que propriamente a forma como me cruzei com ela... Se bem que agora pensando bem, o porquê pode ter toda a pertinência do destino...

"Twenty years from now you will be more disappointed by the things you didn't do than by the ones you did do. So throw off the bowlines, sail away from the safe harbor. Catch the trade winds in your sails. Explore. Dream. Discover."
Mark Twain

Gostaria de vos deixar a minha análise, ou melhor, todo o processo pelo qual passei quando li, reli, voltei a ler, e mais tarde a li novamente. (E claro, quando a leio agora, neste momento, em que transcrevo o que penso).

Toda a frase é sensacional. A sua dimensão, o seu ritmo, a forma como diz absolutamente tudo com um pormenor e uma simplicidade só ao alcance de alguns. Tem um tom, um tom de "ordem" mas ao mesmo tempo intima o suficiente para soar a "conselho". Mas depois, para mim, o melhor de tudo. A maneira como quase que ouvimos o som das velas a encherem-se de vento, como nos sentimos a bordo de um barco "daquela altura", como imagino-me a virar-me para terra num sensação mista de saudade mas de orgulho pelo que decidi, pelo que vou começar a viver ao afastar-me...

E ainda para mais, na sua genialidade, MT consegue dizer-me tudo o que eu já devia ter como certo mas que por alguma razão ainda não soube decifrar. Diz-me que as minhas recordações serão fruto dos meus arrependimentos. Diz-me para partir com o vento. Diz-me para deixar a segurança do meu porto, da minha vida que eu tenho tanto lamentado nalguns casos. E depois, como se ainda não me tivesse posto um sorriso nos lábios e a mente a divagar, fecha em chave de ouro e sussurra-me ao ouvido num tom épico: Explora (tudo o que tenho para explorar, o mundo, as pessoas, o meu ser mais interior); Sonha (pois sonho... tanto... de tantas formas... todas as noites e até de dia); Descobre (tudo o que ando à procura, tudo o que anseio para poder parar com todas estas indefinições...).

Claro que, da mesma forma que "love is in the eye of the beholder", também pode estar esta interpretação nos meus "olhos"... talvez...