Where You Write The Title
To whom it may concern,
A falta de inspiração é gritante. O desejo de escrever é brutal.
Uma contradição simples mas perceptível. Uma dúvida que surge: Conseguirei saciar o meu desejo sem a capacidade real de o fazer convenientemente?
Confesso que não sei. Admito que estou a tentar. É mais que evidente a minha atitude de escrever palavras até algo me surgir se bem que me esforço por ser o mais eloquente possível para não se aperceberem, mas tudo isto até que...
Me surgiu!
Esta minha contradição é exemplo craso do meu estado de espírito que parece pintar toda a minha Vida neste momento, talvez desde antes, mas tendo-me apercebido apenas agora... Passo a explicar (e simultaneamente a arranjar explicação...).
Sempre fui um sonhador, sempre "wished upon a star", sempre tive alvos, desejos e objectivos que quis alcançar. Eu e toda a gente suponho (e suponho mal porque cada vez conheço mais pessoas que simplesmente se deixam ir... e aparentam maior felicidade que eu, mas isso daria outro post que enfim, seria no minimo interminável).
Mas o meu problema entre o desejar e o fazer sempre foi o altruísmo. O espírito de sacrifício que por alguma razão me parece quase queimado no meu ADN. Quase porque não foi herdado. Quase porque é um traço de personalidade tão forte que pareço não ter capacidade de me libertar dele.
Ao reler vejo que soa arrogância. Aceito perfeitamente que o possa parecer. Mas para por em contexto, peço que pensem nesta minha forma de estar como a total negação do egoísmo. Como a antítese mais contrária (esta foi de propósito) do sentimento egoista. Já começa a fazer mais sentido? É que para mim é um defeito tão próprio que o principal prejudicado sou eu...
Sou eu que deixei, vou deixando (e deixarei de deixar) os meus sonhos por viver. Sou eu que desenha projectos, imagina formas, mas fica com tudo no papel. Sou eu que estou a deixar de viver a minha vida por causa de outros. Sou eu que nunca poderei voltar atrás. Mas acima de tudo sou eu que vou parar de viver assim.
Não passarei para o 80. Passo tempo demais noutras áreas da minha vida no 36 para cometer esse erro. Mas se calhar devia passar... se calhar devia deixar-me de meios termos, de equilibrios, de ponderações ou de "cinzentos" para tudo fazer sentido...
Acima de tudo chego a uma conclusão. E peço desde já desculpa aos que podem vir a sofrer com isso...
Que as coisas têm de mudar, que vão mudar, que eu tenho de as mudar. Agora. Não amanhã como eu sempre me tentei convencer.
PS - E tudo começou desinspirado.
A falta de inspiração é gritante. O desejo de escrever é brutal.
Uma contradição simples mas perceptível. Uma dúvida que surge: Conseguirei saciar o meu desejo sem a capacidade real de o fazer convenientemente?
Confesso que não sei. Admito que estou a tentar. É mais que evidente a minha atitude de escrever palavras até algo me surgir se bem que me esforço por ser o mais eloquente possível para não se aperceberem, mas tudo isto até que...
Me surgiu!
Esta minha contradição é exemplo craso do meu estado de espírito que parece pintar toda a minha Vida neste momento, talvez desde antes, mas tendo-me apercebido apenas agora... Passo a explicar (e simultaneamente a arranjar explicação...).
Sempre fui um sonhador, sempre "wished upon a star", sempre tive alvos, desejos e objectivos que quis alcançar. Eu e toda a gente suponho (e suponho mal porque cada vez conheço mais pessoas que simplesmente se deixam ir... e aparentam maior felicidade que eu, mas isso daria outro post que enfim, seria no minimo interminável).
Mas o meu problema entre o desejar e o fazer sempre foi o altruísmo. O espírito de sacrifício que por alguma razão me parece quase queimado no meu ADN. Quase porque não foi herdado. Quase porque é um traço de personalidade tão forte que pareço não ter capacidade de me libertar dele.
Ao reler vejo que soa arrogância. Aceito perfeitamente que o possa parecer. Mas para por em contexto, peço que pensem nesta minha forma de estar como a total negação do egoísmo. Como a antítese mais contrária (esta foi de propósito) do sentimento egoista. Já começa a fazer mais sentido? É que para mim é um defeito tão próprio que o principal prejudicado sou eu...
Sou eu que deixei, vou deixando (e deixarei de deixar) os meus sonhos por viver. Sou eu que desenha projectos, imagina formas, mas fica com tudo no papel. Sou eu que estou a deixar de viver a minha vida por causa de outros. Sou eu que nunca poderei voltar atrás. Mas acima de tudo sou eu que vou parar de viver assim.
Não passarei para o 80. Passo tempo demais noutras áreas da minha vida no 36 para cometer esse erro. Mas se calhar devia passar... se calhar devia deixar-me de meios termos, de equilibrios, de ponderações ou de "cinzentos" para tudo fazer sentido...
Acima de tudo chego a uma conclusão. E peço desde já desculpa aos que podem vir a sofrer com isso...
Que as coisas têm de mudar, que vão mudar, que eu tenho de as mudar. Agora. Não amanhã como eu sempre me tentei convencer.
PS - E tudo começou desinspirado.
4 Comments:
At 3:38 am,
Anonymous said…
Será que alcançarás felicidade por seres um pouco egoista ou não será isso mais um sonho que vais deixando viver?
A tua vida passa por ajudar os outros e é algo inato em ti, se não o fizeres vais sentir que não estás a cumprir com o teu papel.
Não concordo com os sonhos e projectos que desenhas e não pões em prática, simplesmente os consegues alcançar de uma forma demasiado fácil que talvez não te dê o gosto de victoria.
Grandes Voos estão preparados para ti, disso não tenho a menor dúvida, nem eu nem niguém que te conheça.
Nunca te vais sentir totalmete feliz, mesmo até ao dia em que morreres porque isso era sinal que o desafio tinha desaparecido, o interesse pelas coisas novas tinha ido com o vento e isso kemo significava que tinhas estagnado no tempo.
AP
At 8:55 am,
Anonymous said…
11.09.05
Sabes?, não é o que os outros pensam que importa. Não é o que os outros vivem ( ou dizem viver, ou deixam viver...) que te vai condicionar os dias. Não são as expectativas doutrém( nem as suas desilusões ) para contigo que te suportam os passos que tens de dar. Os teus sonhos ninguém os vive por ti. O teu poema és tu quem o sustenta. Tu és o teu principal alimento e tudo à tua volta deve servir para te manteres alimentado. Vive,observa, aprende. Não te arrependerás de nada se relativizares tudo. A vida é um contínuo. Um traço grosso a giz até acabar a estrada.
Não te esqueças NUNCA de como és bonito. E tão novinho.....( este é um aparte meu ).
At 3:58 am,
Anonymous said…
"A falta de inspiração é gritante. O desejo de escrever é brutal."
Pegarei na tua frase que julgo ser a chave inicial e ao mesmo tempo o estímulo para a conclusão do teu post. A vida é um livro e cada instante uma folha em branco a qual é virada pelo vento da fugacidade do tempo. Desejas escrever em cada página,pois certamente terás a consciência da sua brevidade e incerteza mas estás condicionado pelo excesso de preocupação com a escrita do livro de outros. Queres tanto fazer parte do livro de outros(e perdoa-me pela afirmação e se estou enganada) ou melhor,queres tanto que as páginas do livro de outros sejam ricas em conteúdo que te esqueces das tuas próprias páginas e teu livro,por consequência,deixando páginas incompletas.. Mas estás consciente disse e expressáste bem o desejo e vontade no sentido de mudar isso. Espero sinceramente que essa vontade se mantenha e que a apliques,liberta-te das correntes quue impedem a tua imaginação de voar,deixando-te sem inspiraçao(ou com uma inspiração condicionada),apesar da vontade de escreveres o livro da tua vida. Claro que todas as páginas cabarão sempre por ficar incompletas pois todos somos humanos e como tal cpndicionados pelo tempo,nao podemos abranger todos os dominios,mas não interessa a quantidade,importa sim a qualidade da tua escrita e tenho a certeza que com as tuas qualidades(apesar de não falarmos muito julgo conhecer algumas)não te será dificil dar asas à tua imaginação,sem deixares que outros ventos a empurrem para trás,e assim escreveres o livro que algum dia alguém irá deliciar-se ao abri-lo...
VIVE,pois (tentando aproveitar uma farse tua) "SO MUCH TO DO, SO LITTLE TIME"...
SEE YOU.. ;)
At 4:49 am,
Filipe Feio said…
"Escrever é esquecer. A literatura é a maneira mais agradável de ignorar a vida." Bernardo Soares
;)
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