Decisions, decisions...

To Whom It May Concern,

Enchi-me de coragem e depois de uma noite de emoções clubísticas, ao sentir-me inspirado, ou pelo menos com uma certa chama dentro de mim, decidi escrever o que provavelmente será o meu post mais desafiante...

Tenho-me debatido com uma questão e apenas uma questão nesta idade com que me encontro... parece pouco, e talvez até seja, mas é claramente a maior encruzilhada em que me encontro desde sempre. E após muito pensar, após reflexão, depois de muita discussão com interlocutores que achei que me poderia ajudar nesta "cruzada", lembrei-me que podia ser nestas linhas que poderia encontrar alguma resposta.

Estou a mentir... sei que não encontrarei aqui resposta absolutamente nenhuma, ou pelo menos duvido fortemente, mas creio acima de tudo que pensar no máximo possível de formatos nesta tal questão pode ser a forma de ver alguma esperança de resposta...

Há meses, talvez até anos que me debato com esta dúvida:

"Quero ser um capitalista em Londres ou um missionário em África?"

Simples e curta não? Ou não...

Tira-me sono, faz-me tomar decisões que me magoam e que magoam quem me rodeia, cria-me angústias, faz-me sonhar, ter pesadelos, dificulta o adormecer, antagoniza-me o acordar, e pior que isto tudo, limita a forma como tenho vivido e quero viver...

E acredito que esta dúvida me assombrará muito mais... porque o que está por detrás da resposta, seja ela "A" ou "B", trata-se sempre de uma alteração muito significativa em tudo o que já vivi, e mais, em tudo o que passarei a viver.

Mas sabendo que não vou alcançar essa resposta neste post, o que me intriga mais neste momento é tentar perceber porque é que sequer me surgiu esta questão, porque para essa sim, acho que consigo adivinhar algo!

Creio que está associado à minha insatisfação, quase tristeza - e quase porque acredito que a felicidade deve medida não a longo prazo mas em intervalos de tempo curtos, e como tal considero-me uma pessoa feliz - com a minha vida nesta altura...

Ponho tudo em perspectiva... todos os vectores da minha vida; a família, o trabalho, a relação em que estava, os programas lúdicos, a forma física, ou algo mais que componha o meu dia-a-dia.

Isso sim é assustador, mas...

... já parece neurótico este post que mais parece uma confissão em carta aberta!

E como até estou muito bem disposto, e porque tenho sorrido muito, e porque até não foi nada mau o empate(hehe), prefiro acabar este post com um:

"Denial is not just a river in Egypt"

Até à próxima, bastante mais poético e fundamentalmente menos melancólico! hehe